sábado, 20 de dezembro de 2008

Baralho Cigano


MATERIAL PARA A MESA DO JOGO
• 1 BARALHO
• 1 LENÇO FLORIDO
• 1 VELA
• 1 CASTIÇAL
• 1 COPO OU TAÇA
• 1 CRISTAL 
• 5 MOEDAS DOURADAS OU DE COBRE (Uma em cada canto da mesa; a quinta moeda fica na frente da pessoa para quem se está jogando)
• 1 PUNHAL (colocar sobre o copo, apontando para a pessoa para quem se está jogando)
• 1 PORTA INCENSO 


MANDALA ASTROLÓGICA:

Este jogo é feito com 12 cartas, e é baseado nas 12 casas astrológicas, das quais tira seu significado.
O significado de cada casa é o seguinte:
1 - Eu sou (disposição básica; apresentação).
2 - Eu tenho (riqueza; talentos; seu modo de obter segurança emocional).
3 - Eu penso (dia-a-dia; aprendizado; comunicação; pequenas viagens; irmãos; vizinhos).
4 - Estou protegido (lar; origem; reações instintivas condicionadas pelo ambiente da primeira infância; figura parental de maior influência da família - pode ser pai ou mãe). 
5 - Eu gosto, eu brinco (criatividade; é a conquista da identidade individual através da auto - expressão criativa; romances; filhos; especulações).
6 - Eu trabalho (local de trabalho; comportamento social; saúde)
7 - Eu me relaciono (relacionamentos; sociedades; casamento; aquilo que a pessoa busca para completar sua integração)
8 - Eu renasço (sexualidade; tabus, morte do Ego; os valores que nos vem do outro; crises profundas na vida pessoal e também as transformações profundas).
9 - Eu creio (busca do sentido; convicções, viagens; religião; busca do conhecimento esotérico).
10 - Eu me esforço (carreira; reconhecimento; status social; a escolha da profissão; como a pessoa acredita ser; como a pessoa é vista ou percebida).
11 - Meus amigos (amizades; grupos; alianças e convívios entremeados por idéias partilhadas).
12 - Eu anseio (anseios; libertações; segredos; Karma; área de maior conflito interior).


Jogo com 4 cartas (Peladan):
A ) a primeira corresponde à questão formulada ( é a TESE ).
B ) a segunda complementa a primeira (é a ANTÍTESE ).
C ) a terceira mostra as facilidades e obstáculos que encontraremos para solucionar o assunto da pergunta (é o CAMINHO ).
D ) a quarta corresponde ao resultado que só ocorrerá após havermos superado o caminho ( é o RESULTADO ).
E ) a quinta carta representa a pessoa que fez a pergunta e também nos dá uma 
visão mais ampla em relação à pergunta formulada (é a SÍNTESE ). Ela é obtida 
pela soma dos valores numéricos das outras 4 cartas. Caso o resultado obtido seja maior do que 36, soma-se os algarismos deste resultado.
Ex: 17+20+15+24= 66 . Neste caso soma-se a seguir 6+6=12

CRUZ CELTA:
São necessárias 10 cartas, as quais vão ter os seguintes significados:
1 - O tema da pergunta.
2 - Os problemas relativos à pergunta.
3 - A visão consciente (ou o objetivo).
4 - A visão inconsciente (ou aquilo que a pessoa não percebe).
5 - O que já aconteceu (passado).
6 - O futuro próximo.
7 - A própria pessoa.
8 - O ambiente em relação à pergunta feita.
9 - O que a pessoa deseja ou teme em relação à pergunta.
10 - Representa a resposta propriamente dita (ou o futuro mais distante). 

JOGO DE RESPOSTA COM 6 CARTAS:
Retiram - se 6 cartas , as quais terão os seguintes significados :
• A primeira representa a questão em si e é o significador ou síntese; esta 
carta pode ser escolhida pela pessoa, de acordo com a pergunta.
• A segunda mostra o que é favorável (é o PRÓ).
• A terceira mostra o que é CONTRA.
• A quarta mostra o que ainda está por vir.
• A quinta o resultado possível.
• A sexta mostra a evolução da questão.
RESUMO DOS SIGNIFICADOS DAS CARTAS CIGANAS 
1 - CAVALEIRO: estrangeiro; visita; notícia; acontecimento próximo. 
2 - PAUS: Significa destruição, a quebra da harmonia, desventura, tropeço,
a pedra no caminho. Obstáculos.
3 - NAVIO: Viagem; mudança de rumo.
4 - CASA: Equilíbrio.
5 - ÁRVORE: Progresso. Fartura.
6 - NUVENS: Tristeza; instabilidade.
7 - COBRA: Traição.
8 - CAIXÃO: Morte; perdas materiais; fim.
9 - RAMALHETE: Felicidade; altruísmo; generosidade; fraternidade.
10 - FOICE: Corte; rompimentos; necessidade de abrir mão de algo.
11 - CHICOTE: Contrariedade; brigas; aborrecimentos; confusões; rivalidade; demandas.
12 - PÁSSAROS: Pensamento amoroso. 
13 - CRIANÇA: Esperança; siga em frente sem preocupações.
14 - RAPOSA: Cautela.
15 - URSO: Inveja; ciúme; despeito.
16 - ESTRELA: Êxito; novas oportunidades.
17 - CEGONHA: Mudança; novidades; imprevistos; surpresas.
18 - CÃO: Fidelidade; amizade; vida social.
19 - TORRE: Intimidade; espiritualidade; mundo interior; reflexão.
20 - JARDIM: Família; respeito ao próximo; causa e efeito.
21 - MONTANHA: Perseverança; firmeza; coerência.
22 - CAMINHO: Caminho; força de vontade; persistência; livre arbítrio.
23 - RATO: Perda; roubos; prejuízos; pessoas suspeitas.
24 - CORAÇÃO: Sentimento; paixão; amor.
25 - ANEL: União; amizade; relacionamento profissional ou afetivo; pessoas 
ligadas a você.
26 - LIVRO: Segredo; crescimento intelectual; segredo desvendado ou não.
27 - CARTA: Notícia; comunicação.
28 - HOMEM: A pessoa para quem se joga, se for homem, ou alguém do 
sexo masculino. 
29 - MULHER: A pessoa para quem se joga, se for mulher, ou alguém do 
sexo feminino.
30 - LÍRIO: Virtude; honestidade; proteção.
31 - SOL: Força; energia positiva; crescimento; prosperidade; melhorias.
32 - LUA: Glória; reconhecimento; misticismo; intuição.
33 - CHAVE: Sucesso; solução.
34 - PEIXES: Dinheiro; bens materiais.
35 - ÂNCORA: Sucesso; vida profissional; estabilidade financeira.
36 - CRUZ: Destino. Algo que se completa.

CIGANOS
• SUA ORIGEM
• SUAS TRIBOS (CLÃS)
• SEUS HÁBITOS ORIGEM
Há muita controvérsia a respeito da verdadeira origem do povo cigano . Segundo uns seriam eles originários da Índia, outros atribuem sua origem ao Egito; ainda há aqueles que afirmam serem eles descendentes de Caim. 
Na verdade torna-se bastante difícil estabelecer com certeza sua origem, pois trata-se de um povo que além de não possuir linguagem escrita, o que permitiria que ficasse gravada de alguma forma sua verdadeira história, mas também pela maneira como foram perseguidos através dos tempos , é fácil compreendermos que eles tenham procurado envolver-se em um clima de mistério, até por uma simples questão de sobrevivência. Levando-se em consideração também que suas atividades muitas vezes os levavam a trabalhar com magia, nada mais atrativo para despertar a imaginação do povo do que esta aura de mistério que os envolvia e ainda envolve até os dias de hoje.

TRIBOS (CLÃS)
Na verdade, de concreto, sabemos que os Ciganos (ROM, o homem cigano; ROMLI, a mulher cigana) agrupam-se em 7 (sete) grupos ou famílias:
• KALDERASH
• MOLDOWAIA
• SIBIAIA
• RORARANÊ
• HITALIHIÁ
• MATHIWIA
• KALÊ 
HÁBITOS
(A cultura Cigana nos oferece belos exemplos, que infelizmente a nossa cultura dos não ciganos (GAJE , homem não cigano; GAJI, mulher não cigana) parece ter esquecido nos atropelos da vida moderna. Dentre eles destaca-se o respeito e amor aos mais velhos, o amor e cuidados com as suas crianças, o sentimento de família. Para eles o velho representa a fonte de sabedoria e experiência que deve ser ouvida e acatada. A criança representa a possibilidade de continuidade, a certeza da preservação de sua cultura. Certamente não encontraremos um velho cigano em um asilo, nem tão pouco uma criança cigana em um orfanato, sequer abandonada pelas ruas. Uma cigana nunca pratica voluntariamente o aborto. O casamento para o Cigano representa a garantia da preservação. Um casamento entre o povo cigano é sempre muito comemorado, pois representa uma oportunidade de reunião e de alegria; não devemos esquecer que o cigano é acima de tudo um povo alegre, que gosta de dançar, de festejar. Geralmente). atribuímos ao povo cigano o Dom de ler a sorte através das cartas (cartomancia) ou da leitura das mãos (quiromancia), mas eles são um povo com uma habilidade privilegiada para a música. Muitos músicos famosos eram ciganos. 

Aqui no Brasil tivemos muitos ciganos que para cá vieram no início da colonização e além de alegrarem a corte aqui instalada com sua música, também muito contribuíram para a nossa expansão territorial, participando das entradas e bandeiras que desbravaram nosso território. Não fossem eles nômades e andarilhos. Dizem que um de nossos presidentes, aliás aquele que nos tempos modernos mais se envolveu com o abrir estradas e conquistar o nosso próprio espaço era de origem cigana.


Antigamente os ciganos viviam sempre em barracas e viajavam em caravanas; atualmente muitos deles tornaram-se sedentários, talvez até pelas contingências da vida moderna, mas mesmos estes procuram de vez enquanto acampar, para de alguma forma preservar uma tradição.


Notas importantes:


1) O espaço em branco após a descrição de cada carta, será preenchido por você, com suas próprias conclusões a respeito dos significados das mesmas. 
2) Ler uma seqüência de cartas é semelhante à leitura de uma frase escrita. Cada figura representará uma palavra ou idéia. Todas juntas apresentarão um conteúdo.
3) Deixar que a imaginação flua naturalmente é um fator importante para uma boa leitura.
4) Não existe uma técnica de arrumar as cartas melhor que outra. A melhor de todas será aquela com a qual você sentir mais afinidades.

5) Procure deixar sua mente livre de preocupações ao fazer uma leitura, pois isto  mais veracidade na sua interpretação.6) Não deixe que outra pessoa use ou manuseie seu baralho. Ele é de uso pessoal.7) Use sempre uma toalha ou lenço para forrar o espaço em que colocará as cartas. Este lenço não deverá ser usado para outra finalidade que não seja esta.

8) Troque sempre a água do copo que estiver sobre a mesa de jogo, pois ela irá armanezar qualquer energia negativa que acaso seja trazida pela pessoa para quem você for jogar.
9) Antes de usar o seu baralho pela primeira vez, purifique-o com incenso.
10) Seu cristal da mesa deverá ser limpo com água e sal e depois colocado ao sol da manhã para ser energizado.


Carlinhos Lima - Pesquisas

BIBLIOGRAFIA:
Spacassassi, Geraldo Baralho Petit Lenormand S.Paulo Mandala
Martinez, Margarita Fasanella Cartas Ciganas, A Estrada Da Vida. S. Paulo , Pensamento 1996.
Bastos, Katja Tarot Cigano, R. Janeiro. Microart, 1993.
Oxum, Conceição O Livro Encantado da Cigana, RJ. Pallas, 1993

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