Classe maravilhosa de entidades, espíritos que se apresentam como trabalhadores sertanejos, oriundos da área rural, espíritos que trabalharam com o gado, que domesticaram grandes animais.
Boiadeiros representam a força bruta nos trabalhos de Umbanda, a seriedade, a força, o esforço para que os trabalhos ocorram da forma que esperam.
Geralmente são áusteros, destemidos, sérios, podem trabalhar tanto na linha da direita quanto da esquerda, exímios manipuladores de energia telúrica, muito requisitados em trabalhos que demandam grande poder de desmanche, muito utilizados também para afastar eguns e outros espíritos de baixa vibração, muito temido por espíritos zombeteiros, entre outras classes que visam a discórdia e o problema dentro dos templos umbandistas.
Há algumas excessões, alguns raros boiadeiros são brincalhões, falastrões, muitos dançam conforme o toque do atabaque e puxam suas cantigas, mas em sua grande maioria, são calados e trabalhadores.
Geralmente eles vem sobre a vibração de Oxóssi ou Iansã, mas não raro, já vieram com a imantação vibratória de Ogum, Oxum e Xangô.
Em nosso centro é muito utilizado para descarregar o centro de fluídos muito pesados, para quebrar mandiga e desfazer feitiços, geralmente quando existem exús ou eguns envolvidos.
Alguns utilizam cigarro de palha, outros utilizam charuto ou cigarros normais, alguns bebem vinho, outros a cerveja preta, outros cerveja normal, alguns tomam mesmo a cachaça.
A cor de suas velas e oferendas variam de acordo com o culto do templo umbandista, alguns usam o verde e o marrom, outros o preto e o amarelo, outros apenas o verde, varia demais.
Suas oferendas também variam muito conforme os terreiros, alguns oferecem farofa com pimenta e bife picado, outros apenas farofa apimentada, outros até mesmo somente o bife.
Como em nossa casa é coibido a utilização da carne nas oferendas, ofertamos velas brancas, farofas, tutu de feijão e algumas frutas.
Gostaria sempre de salientar que o culto, oferenda e forma de trabalho é variável de cada casa, nenhuma detém a Forma Absoluta de Trabalho, apenas uma das infinitas formas de se praticar o Bem dentro da Egrégora Umbandista.
Algumas entidades que já se apresentaram em nossa casa, são: Zé Baião, Zé Boiadeiro, Rei Boideiro, Rei do Laço, Sete Laços, Laje Grande, Laje Mineira, Boiadeiro da Mina.
Posteriormente enviarei mais tópicos sobre as linhas, o aprendizado deve ser gradativo...
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